Mergulhando nas Profundezas

Procuro mergulhar, com a profundidade que conseguir me permitir, em questões a respeito da alma brasileira, aplicando para isso pontos de vista da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung.






2002/04/17

 

A Mulher e a Cidadania


Chamou-me a atenção, sobremaneira, o texto que recebi por e-mail, que homenageava uma participante ativa do movimento pelo direito ao voto das mulheres norte-americanas durante, principalmente, o Século XIX.

Na intenção de traduzi-lo para os leitores, falantes da língua portuguesa no Brasil, procurei esclarecer algumas referências do original, com o que resultou pesquisa bastante frutífera e esclarecedora a respeito da importância e posição da mulher (não apenas como participante da metade da humanidade, mas também como soror mística no desenvolvimento da personalidade do homem) nos dias atuais, no Brasil e no mundo (no Brasil diferentemente do mundo, mas é assunto que não se esgotará nesta simples menção, devendo continuar em outros momentos).

Deixo assim ao leitor, para sua reflexão, a tradução (de minha autoria, inclusive notas editoriais) que ora se segue. O original do texto que segue está presente na lista de e-mails "Woman of the Day" do website em http://www.emazing.com (que é de listas de dicas em vários tópicos, que seguem diariamente por e-mail).

Em Curitiba, 17 de abril de 2002.

Daniel Ricardo Augusto Wood

Mulher do dia


Quarta-feira, 17 de abril de 2002.

Culpada de votar enquanto mulher! Não soa exatamente como uma episódio de "The Practice" [N. do T.: série de TV americana sobre a prática jurídica], não é? Mesmo assim, em 1873 foi assim com Susan B. Anthony. Ativa em abstinência [N. do T.: movimento pela abstinência no uso do álcool iniciado entre 1829 e 1835 por trabalhadores britânicos na Irlanda do Norte; o movimento ganhou expressão entre os puritanos americanos e as mulheres logo passaram a se associar procurando convencer os homens a abandonarem completamente a bebida], abolição e sufrágio, Anthony trabalhou por anos com sua amiga Elizabeth Cady Stanton, com freqüência distribuindo os discursos que Stanton escreveu. Anthony ajudou a fundar a Associação Universal para o Sufrágio das Mulheres em 1869 e peticionou o governo pelo direito de votar. Conhecida como o "Napoleão do feminismo", Anthony cortou curto seu longo cabelo e usou saia "bloomer" (N. do T.: alternativa proposta pelo movimento feminista (através de Amelia Bloomer no jornal "The Lily"), de saias divididas ao meio e soltas, contra as pesadas saias de lã que as mulheres usavam no século XIX]. Foi cruelmente atacada pela imprensa pelo trabalho ao qual devotou sua vida.
"Amigos(as) e cidadãos(ãs) companheiros(as)! Estou esta noite diante de vocês sob acusação pelo alegado crime de haver votado na última eleição presidencial (...) pois qualquer Estado fazer do sexo uma qualificação que tem sempre que resultar no desfranqueamento completo de metade das pessoas é (...) uma violação da lei suprema da terra". – Susan B. Anthony.



posted by Daniel Wood at 11:17

 

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